sexta-feira, maio 25, 2007

IMAGENS DE CRETA 4

Afrescos cretenses: mulheres, touradas, pescador, carregadores de vasos, procissão religiosa, etc. Por último, a deusa serpente.

IMAGENS DE CRETA 3

Mais vasos, enfeite de cabelo e afrescos.

IMAGENS DE CRETA 2

Mais jóias, cerâmica, o machado duplo (labrys).

IMAGENS DE CRETA 1

Como prometi, estou postando agumas imagens de Creta. Nesta leva, temos imagens do palácio de Knossos, de afrescos que representam um príncipe (Minos?) e trabalhos em metal, especialmente jóias.

2º BIMESTRE: CIVILIZAÇÕES PRÉ-COLOMBIANAS


Ø Não pretendo fazer um resumo sobre o capítulo de Pré-Colombianos, somente vou ressaltar alguns pontos que são extremamente relevantes. Você deve complementar as informações com a leitura do capítulo e a revisão das questões do Estudo Dirigido.

I. O nome Pré-Colombiano se aplica indistintamente à todas as culturas e civilizações que habitavam a América antes da chegada dos europeus.

II. Havia uma grande diversidade de povos nos mais diferentes estágios de organização social. Havia povos vivendo desde o estado correspondente ao do Paleolítico (nômades, coletores/caçadores) até povos extremamente avançados que construíram cidades com água potável, praticavam agricultura avançadíssima e tinham estado.

III. Até recentemente se acreditava que os primeiros grupamentos humanos haviam chegado à América há no máximo 12 mil anos. Hoje, depois de uma série de descobertas, em especial as do Sítio de São Raimundo Nonato no Nordeste brasileiro, acredita-se que a data possa ser anterior a 48 mil anos, ou seja, os primeiros humanos provavelmente começaram a chegar durante a última glaciação. Essa datação não é aceita por alguns arqueólogos norte americanos, pois colocariam em questão a tese de que os primeiros humanos teriam chegado à América pelo Estreito de Behring (Teoria Asiática).

IV. Existe uma grande teoria que explica a chegada dos homens à América, a Teoria Aloctonista ou das Migrações. [1] Essa teoria se quebra em três vertentes: A Asiática segundo a qual os homens teriam chegado à América cruzando o Estreito de Behring; a Australiana que diz que os primeiros habitantes da América teriam vindo as Austrália navegando ou por alguma faixa de terra que teria desaparecido; a Malaio-Polinésia que argumenta que os humanos teriam vindo navegando das ilhas do Pacífico. Muito provavelmente as três rotas foram utilizadas nas diversas levas migratórias que povoaram o Continente.

V. Várias civilizações avançadas se desenvolveram na América, entre as mais antigas podemos citar os Olmecas – os mais antigos, possuíam escrita e abasteciam suas cidades com água potável; os Moches; os Toltecas; os Anasazi. De todas as grandes civilizações do Continente Americano, as mais conhecidas são aquelas contemporâneas à chegada dos europeus: os Incas (América do Sul), os Maias (América Central) e os Astecas (América do Norte e Central).

VI. Semelhanças entre os Maias, os Incas e os Astecas:

· Uniam-se em comunidades e utilizavam a terra de forma coletiva;

· Praticavam a servidão coletiva;

· Todas as terras pertenciam ao Estado e não havia propriedade privada;

· A sociedade estava dividida em várias camadas e havia divisão social do trabalho;

· As religiões incluíam os sacrifícios humanos;

· Formavam grandes centros urbanos (cidades) geralmente com excelente infra-estrutura (calçamento, abastecimento de água, etc.);

· Eram teocracias. Sendo que no caso dos Incas, o imperador era considerado um deus-vivo, como os faraós no Egito.

VII. Semelhança entre os Maias e os Astecas: ambos tinham escrita. De todas as grandes civilizações que conhecemos hoje, os Incas eram os únicos que não possuíam escrita, no entanto tinham um sistema de registro de informações, os quipos que eram extremamente eficazes e talvez tenha sido a primeira linguagem binária conhecida.

VIII. Tanto os Incas como os Astecas construíram, pela conquista, grandes impérios territoriais. Já os Maias se organizavam em cidades-estado independentes que disputavam entre si a supremacia sem nunca conseguirem a formação de estados unificados, assim como os gregos até o Período Clássico.

IX. Entre os Incas, além da servidão coletiva que grantia a produção agrícola e a arrecadação de tributos, havia a mita que era o trabalho temporário e gratuito em obras públicas, minas e/ou correios. Ao chegarem na América os espanhóis se aproveitaram do costume da mita para forçarem os nativos ao trabalho compulsório, só que não havia mais o retorno, porque os índios morriam no árduo trabalho nas minas. Essa prática auxiliou a desestruturação das comunidades indígenas gerando fome e miséria entre os nativos.

X. Quando os espanhóis chegaram à América, os Impérios Asteca e Inca estavam no auge e em plena expansão. A destruição dessas civilizações foi uma perda inestimável e se deu por vários motivos, internos (lutas dinásticas, colaboração de povos conquistados com os invasores na esperança de se libertarem ou pelo menos melhorarem suas condições de vida) e externos (doenças desconhecidas e letais, armas de fogo e cavalos, táticas de guerra desconhecidas dos nativos, choque cultural e simbólico com vantagem para os espanhóis.). Os Maias já se encontravam em decadência e o impacto maior foi o da eliminação de seus vestígios (assim como foi feito com os demais povos), pois os europeus se consideravam mais capazes e civilizados – Eurocentrismo, além de terem a missão cristã de converter e evangelizar os pagãos. Muitos foram mortos, muitos escravizados e violentados, culturas foram destruídas e sobre as suas cinzas ergueram-se as nações que vemos hoje. A maioria marcada pela má distribuição de renda; riqueza nas mãos de poucos e miséria reservada para muitos.

[1] A Teoria Autoctonista citada no livro de vocês é uma bobagem que já foi abandonada faz décadas. Até porque as evidências fósseis do homem e seus ancestrais mais antigas não estão no Continente Americano.

domingo, maio 20, 2007

Texto Complementar: Os últimos samurais cristãos


"Pouco conhecida fora do Japão, a sangrenta revolta de Shimabara, no século 17, marcou a perseguição dos cristãos pelo xogum o início de uma era em que os japoneses se isolaram do mundo.

Momentos antes de partir para a batalha, um samurai se ajoelha diante de uma cruz e reza, pedindo proteção a Deus. A seguir, ele se junta a uma milícia cujo estandarte é uma bandeira que retrata dois anjos e o cálice sagrado. No alto do tecido branco, lê-se a inscrição "Louvado seja o santíssimo sacramento". Pode parecer surreal, mas cenas como essas aconteceram em pleno Japão feudal. A rebelião de Shimabara, iniciada em 1637 e sufocada pelas tropas do governo no ano seguinte, envolveu quase 40 mil japoneses. Muitos deles eram católicos e se opunham à proibição do cristianismo no país. Depois que os rebeldes foram massacrados, cristãos e estrangeiros foram perseguidos sem trégua e expulsos do Japão."

Esta matéria está publicada na revista Aventuras na História da Editora Abril. Você pode ler on line aqui.