quinta-feira, setembro 04, 2008

As crises sociais e econômicas do capitalismo liberal


O nascimento do capitalismo foi marcado por graves crises econômicas e sociais. Elas atingem, inicialmente, a Inglaterra, pais que conheceu o primeiro capitalismo industrial, generalizando-se pela Europa.

As primeiras crises sociais do capitalismo colocam o mundo agrícola inglês as voltas com o cercamento dos campos, em seguida aparece a luta, antecipadamente perdida, entre os artesãos e a indústria; rapidamente, porem, a luta social opõe os operários aos capitalistas.

(...) A maioria dos operários são camponeses e artesãos arruinados; expulsos das terras e das aldeias, vivem em ignóbeis condições de alojamento e de promiscuidade. O artesão perde a sua antiga qualificação (...) Estamos na presença de uma verdadeira castração de talento. Todos eles são desenraizados, considerados pela burguesia como seres úteis, mas perigosos. Na Franca, o operário passa a ter uma carteira de trabalho que o submete ao controle da Polícia. Na Inglaterra, o operário que deixa seu patrão é passível de ser preso. As condições de trabalho são duras. A Jornada é de pelo menos 12 horas e não há férias nem feriados. O trabalho das mulheres e das crianças 6 a regra. Praticamente, as crianças começam a trabalhar desde a idade de seis anos. É preciso esperar pelos meados do século XIX para ver aparecer na França e na Inglaterra uma regulamentação quanto ao trabalho da mulher e das crianças.

(...) no século XIX o ritmo da alteração econômica, no referente a estrutura da indústria e das relações sociais, o volume de produção e a extensão e variedade do comércio mostrou-se inteiramente anormal, a julgar pelos padrões dos séculos anteriores; tão anormal a ponto de transformar radicalmente as idéias do homem sobre a sociedade, de uma concepção mais ou menos estática de um mundo onde, de uma geração para a outra, os homens estavam fadados a permanecer na posição de vida que lhes fora dada ao nascimento e onde o rompimento com a tradição era contrario a natureza, para uma concepção de progresso como lei da vida e da melhoria constante como estado normal de qualquer sociedade sadia. (...)

Fonte: CASTRO, Ana Maria, DIAS, Edmundo Fernandes (org.) Introdução ao Pensamento Sociológico – Emile Dürkheim, Max Weber, Karl Marx e Talcott Parsons. São Paulo: Centauro, 2002, p. 6-7.

Um comentário:

Anônimo disse...

brigado ae professora me ajudou muito...vc explica muito bem...eu fiquei de recuperação em história e era porque eu num aprendia nada que a minha professora falava..mais muito obrigado mesmo com isso estou confiante para fazer uma belíssima prova...abraço...vc tem e-mail? eu tenho duvidaa obrigado.xau