sábado, julho 01, 2006

Gabarito do Estudo Dirigido: Índia, China e Japão


(1-27)

1) O Rio Ganges é considerado um rio sagrado para os hindus e serviu de eixo para a ocupação do território depois da conquista dos árias.

2) Os árias eram povos indo-europeus que invadiram a Índia. Eles trouxeram tradições religiosas que ajudaram a construir a chamada sociedade de castas.

3) A sociedade de castas é um modelo de organização social na qual as diferentes camadas sociais não se misturam e têm direitos e deveres próprios. Se você nasce em uma casta, morrerá nela.

4) Os párias são os sem casta, os intocáveis. A eles são reservados os piores trabalhos, as posições mais desprezadas; não podem inclusive tocar nos livros sagrados hindus.

5) De acordo com o Bramanismo – religião hindu mais antiga – as castas nasceram do corpo do próprio deus Brahma. Assim, a ordem social é vontade divina e aqueles que seguem a ordem podem, em uma próxima encarnação, voltar em uma casta inferior.

6) Asoka foi um grande rei que unificou toda a Índia pela guerra, ao se converter ao Budismo tornou-se pacifista – contrariando os deveres da sua casta que era a dos guerreiros – e patrocinou a expansão da sua nova fé.

7) Porque dentro do Budismo todas as pessoas eram iguais em seu potencial religioso e, por isso, os praticantes da nova fé não seguiam as regras da sociedade de castas ameaçando o poder dos sacerdotes e príncipes. Além disso, eram pacifistas e a guerra era fundamental para as elites guerreiras.

8) A Dinastia Chin criou um sistema único de escrita e pesos e medidas. Tais mudanças estimularam o comércio, aumentaram a arrecadação de impostos e favoreceram as comunicações. Organizou-se também um exército permanente que estaria sempre disponível em caso de necessidade de defesa do território e começou a construção da Grande Muralha para proteger a fronteira Norte do país contra os hunos.

9) A escrita unificada reforça a identidade chinesa, pois embora os chineses possam falar de forma diferente, todos escrevem da mesma maneira, usando os mesmos signos que representam idéias e, não, fonemas.

10) A base da economia chinesa era a agricultura irrigada que utilizava grandes contingentes humanos.

11) A Rota da Seda era muito importante, pois ligava Oriente e Ocidente, permitindo as trocas comerciais entre os mais diferentes povos, além da difusão de novas idéias e mesmo de tecnologia.

12) A Estrada da Seda visava proteger o comércio dentro da China, aumentando a cobrança de impostos por parte dos funcionários imperiais.

13) As três grandes religiões – Budismo, Cristianismo e Islamismo – seguiram na sua expansão o caminho das rotas comerciais, assim, puderam alcançar até a China. Como dissemos, as rotas comerciais permitiam a troca, também, de idéias.

14) Os mandarins eram funcionários públicos chineses, admitidos no serviço do imperador mediante concurso público. Eles formavam uma elite burocrática com muito poder e privilégios.

15) Porque o Confucionismo enfatizava a disciplina, o sacrifício pelo bem comum e a obediência às autoridades, sendo a maior delas o Imperador.

16) Os mongóis eram um povo que se dividia em várias tribos, no século XIII conseguiram montar o maior império de terras contínuas já visto. Ao conquistarem a China, transformaram Pequim em sua capital e promoveram uma série de reformas no país, entre elas a recuperação da Estrada da Seda com o incremento das trocas comerciais.

17) A Dinastia Yuan ou Mongol reformou a Estrada da Seda, transformou Pequim em capital do Império, incentivou o comércio, promoveu uma série de obras públicas que visavam melhorar a vida da população, só que ao utilizarem a servidão coletiva dos chineses e nomearem estrangeiros para os cargos importantes, a rejeição do povo e das elites aos conquistadores aumentou muitíssimo.

18) Por razões religiosas, culturais e econômicas, meninos são considerados como mais valiosos na China e na Índia há muitos séculos. Por exemplo, ao se casar, uma filha deixa a fazenda dos pais e se torna mão-de-obra na casa do marido e sua família, quando os pais ficam velhos uma menina não tem responsabilidade de sustentá-los, enquanto o filho homem, sim. Com as campanhas de controle de natalidade do século XX e a impossibilidade de ter vários filhos, as famílias passaram a ter, preferencialmente, somente um filho. Assim, o infanticídio e abortamento de meninas têm provocado um série desequilíbrio entre o número de homens e mulheres no país.

19) De acordo com a tradição religiosa japonesa, a origem do imperador era divina, sendo o primeiro monarca japonês filho da deusa do Sol, Amaterasu.

20) Os japoneses foram fortemente influenciados pela vizinha poderosa que exportou sua cultura para vários países vizinhos. No caso do Japão, os imperadores do século VI trouxeram o Budismo, as idéias confucionistas, a escrita e tudo mais que pudesse “modernizar” o país e reforçar a sua cultura.

21) Como o Budismo se estabeleceu no Japão com incentivo imperial, os monges receberam uma série de privilégios, terras foram dadas aos grandes mosteiros, alguns se tornaram conselheiros e ministros do imperador. Sua intervenção em questões políticas foi inevitável.

22) Foi uma reforma das leis japonesas feitas no século VII com o objetivo de reforçar o poder do imperador, centralizando a administração aos moldes chineses de acordo com os princípios conficianos, confiscando alguns poderes da nobreza.

23) Foi o período da história do Japão que se estendeu de 794 a 1185 e foi marcado pela transferência da capital para Heian-Kyoto, o desenvolvimento de uma escrita japonesa (kana), a tentativa de diminuir o poder dos monges budistas e a influência cultural chinesa, o florescimento da cultura palaciana com a criação das primeiras obras literárias genuinamente japonesas.

24) Os grandes mosteiros eram muito ricos e poderosos graças aos incentivos recebidos de imperadores antes do período Heian. Uma das formas de conter o poder dos sacerdotes budistas foi a proibição de que mosteiros dessa religião fossem construídos na nova capital.

25) Foram as mulheres as primeiras a escreverem obras em japonês usando a escrita local. Proibidas de aprender ou pouco letradas na escrita chinesa, elas improvisavam na hora de escrever seus próprios textos. Essas obras eram escritas pelas damas da corte para seu próprio consumo, mas, graças ao pioneirismo, afinal não eram textos jurídicos nem traduções de livros chineses, hoje são a base da literatura japonesa.

26) O Shogunato (ou Bakufu) foi um sistema de governo nascido no Japão, no qual o Imperador perdia o seu poder e passava a ser meramente figurativo e quem exercia o poder político e militar era o Shógum, ou generalíssimo, que recebia juramento de fidelidade de todos os outros nobres (Daimios). O Shogunato tinha sua base de sustentação na fidelidade dos guerreiros nobres, os samurais.

27) O bushidô, ou “caminho do guerreiro”, era o código de honra do samurai, derivado do budismo que visava aprimorar a conduta do samurai, reforçando a disciplina e o autocontrole de maneira a proporcionar as possibilidades de uma vida e uma morte honrada.

Um comentário:

Anônimo disse...

OI PROFESSORA VALÉRIA, O SEU ESTUDO DIRIGIDO ME AJUDOU MT PARA 2º AE DE HISTÓRIA. VALEU!!!! jÉSSICA CAROLINE- 703